Obras atacadas por vândalos vão para memorial

O Ministério da Cultura anunciou, nesta terça (10/01), a criação de um memorial em defesa da democracia com os objetos e obras de arte vandalizados por extremistas que atacaram o Palácio do Planalto, no último domingo. Durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, a responsável pela pasta, Margareth Menezes explicou que o objetivo desse espaço é para “deixar marcado, para que nunca mais possa acontecer outra violência desse nível, com o intocável, que é nossa democracia”.

Obras que foram destruídas ou danificadas

Relógio de Balthazar Martinot: relógio de pêndulo do Século XVII, que foi um presente da Corte Francesa para Dom João VI, rei de Portugal que se mudou com a família real para o Brasil em 1808. O objeto foi completamente destruído pelos vândalos e dificilmente poderá ser recuperado. Martinot era o relojoeiro de Luís XIV, rei da França. Existem apenas dois relógios deste autor. O outro está exposto no Palácio de Versailles, mas possui a metade do tamanho da peça destroçada pelos invasores do Planalto. 

Quadro As mulatas, de Di Cavalcanti:  A obra é uma das mais importantes da produção de Di Cavalcanti. Seu valor está estimado em R$ 8 milhões, mas peças desta magnitude costumam alcançar valores até cinco vezes maior em leilões.

As Mulatas - Di Cavalcanti - destruição por vândalos
Quadro foi atacado por vândalos que fizeram furos na imagem

Obra “Bandeira do Brasil”, de Jorge Eduardo, de 1995: a pintura, que reproduz a bandeira nacional hasteada em frente ao palácio e serviu de cenário para pronunciamentos dos presidentes da República, foi encontrada boiando sobre a água que inundou todo o andar, após vândalos abrirem os hidrantes ali instalados.

Obra O Flautista, de Bruno Giorgi: a escultura em bronze foi encontrada completamente destruída, com pedaços espalhados pelo salão. Está avaliado em R$ 250 mil.

Escultura de parede em madeira de Frans Krajcberg: quebrada em diversos pontos. A obra se utiliza de galhos de madeira, que foram quebrados e jogados longe. A peça era estimada em R$ 300 mil.

Mesa de trabalho de Juscelino Kubitscheck: exposta no salão, a mesa foi usada como barricada pelos terroristas. Avaliação do estado geral ainda será feita.

Mesa-vitrine de Sérgio Rodrigues: o móvel abriga as informações do presidente em exercício. Teve o vidro quebrado.

Fonte: Agência Brasil

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