Rebel Moon é um filme dirigido por Zack Snyder, um dos diretores mais aclamados de Hollywood e que tem no currículo obras como 300, Watchmen e Mulher Maravilha. Por isso, desde que foi anunciado que ele seria responsável por um conteúdo original da Netflix, havia expectativa para o lançamento.
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Rebel Moon tem a seguinte premissa: o mundo-mãe é um planeta com forte poder militar que inicia um processo expansionista. Os planetas conquistados passam a seguir e obedecer a ordem imposta pelos dominadores. Os conflitos saem do campo de batalha e chegam até o palácio real. O rei é morto e um senador, ainda mais sanguinário, sobe ao poder. Uma das suas determinações é eliminar todo o foco de resistência.
Em uma pequena lua, uma comunidade de agricultores é obrigada a produzir 10 mil alqueires de terra para abastecer as tropas de um almirante do mundo-mãe. Com a ocupação, os habitantes estão à mercê dos soldados. Um grupo deles captura uma mulher para violentá-la. Kora, uma moradora do local, reage e praticamente sozinha elimina os militares. Sem opção, ela sai em busca da ajuda de guerreiros que possam defender o pequeno lugar, já que as naves voltam em dez semanas para buscar os suprimentos. Nesse percurso, o público conhece novos combatentes que estarão ao lado dela e também sabe quem é realmente é a Kora.
Crítica de Rebel Moon
Rebel Moon é um pastiche de clássicos da ficção científica e do western. Nós já vimos o império galático do mal em Star Wars. A garota que reage a ocupação de sua terra e parte em busca de ajuda está em Sete Homens e um destino. As referências poderiam ser consideradas comuns e compreensíveis se a história de Rebel Moon tivesse algo de vida própria, mas não tem. O roteiro parece uma colcha de retalhos com fragmentos de histórias, personagens e situações que são jogados para o público entender o que é aquele universo.
Os vilões são caricatos com roupas que parecem de oficiais nazistas. As lutas, por vezes, têm coreografias com desfechos que não soam plausíveis nem mesmo para uma ficção científica. Kora, a protagonista, não evolui como personagem. Conhecemos sua origem, mas ela não se transforma ou progride ao longos das duas horas de filme.
No aspecto visual, Snyder cria cenários e ambientes que remetem a 300. Há muitas cenas em slow motion. O pôr-do-sol sempre mostra o céu banhado por um forte vermelho. Nos enquadramentos de contra-plongeé, a imagem está levemente desfocada nos cantos para aumentar essa sensação de poder, autoridade e força que o personagem quer demonstrar.
Avaliação de Rebel Moon
Em uma escala de 0 a 10, acredito que a nota de Rebel Moon deveria ser 5. Notei que as avaliações têm sido pesadas contra a obra. Penso que isso acontece diante da expectativa que o nome do diretor cria. O trabalho de Zack Snyder também aparece nas peças promocionais, como trailers, como uma história épica espacial, chega a ensaiar um movimento nessa direção, mas é um filme de domingo a tarde. A gente assiste, come pipoca, termina e vai fazer outra coisa. Não é Star Wars com fandom e que leva o público a especular por horas teorias mirabolantes sobre aquele universo.
Rebel Moon – parte 1: a menina do fogo recebeu avaliação 5,7 de 10 no IMDB. No Metacritic, a nota foi 32 de 100. Das 38 avaliações da imprensa especializada, 40% foram negativas. A melhor avaliação foi do Film Theatre que atribuiu nota 80 e disse que Snyder dá ao público um filme “de ficção científica de complexidade crescente”. A CNN americana deu nota 40 e afirmou que o filme é espalhafatoso e parece mais “um grunhido rebelde” do que um “grito rebelde”. A pior avaliação de Rebel Moon, da Netflix, foi 16. Na crítica, o Indie Wire apontou que o filme é um mix de coisas que já vimos várias vezes.
Elenco de Rebel Moon – parte 1: a menina do fogo
Diretor – Zack Snyder
Sofia Boutella – Kora
Djimon Hounsou – Titus
Ed Skrein – Atticus Noble
Michiel Huisman – Gunnar
Bae Doona – Nemesis
Ray Fisher – Bloodaxe
Charlie Hunnam – Kai
Anthony Hopkins – Jimmy
Staz Nair – Tarak
Fra Fee – Balisarius
Cleopatra Coleman – Devra
Stuart Martin – Den
Ingvar Sigurdsson – Hagen
Alfonso Herrera – Cassius
Cary Elwes – The King
Rhian Rees – The Queen
E. Duffy – Milius
Jena Malone – Harmada
Como será Rebel Moon – parte 2: a marcadora de cicatrizes?
A parte 2 do filme de Zack Snyder e da Netflix vai estrear no dia 19 de abril de 2024.
No material de divulgação, a produtora promete que o tom da obra deve ser de vingança. As cenas divulgadas pela Netflix estão repletas de batalha. Uma das expectativas é o robô Jimmy, que na versão em inglês tem a voz de Anthony Hopkins. No filme 1, ficamos sabendo que ele faz parte de um grupo de andróides que eram leais ao antigo rei, mas deixaram de lutar depois da mudança de poder. Eles parecem que adquiriram algum tipo de consciência ou valor ético em relação às inúmeras invasões que o mundo-mãe passou a realizar contra pequenos planetas.
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