Poeira Lunar, de Arthur Clarke [resenha]

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No futuro, a Lua torna-se um destino turístico. Naves flutuam sob o solo lunar como os navios que singram os oceanos aqui na Terra. Uma dessas embarcações espaciais é a Selene. Em uma viagem como tantas outras, um incidente ocorre e ela desaparece dos radares dos satélites. Dentro da embarcação, os passageiros se assustam ao perceber que estão soterrados embaixo de um mar de poeira. Com comida para poucos dias e o risco permanente do sistema de oxigênio deixar de funcionar, eles precisam contar com a equipe externa de resgate para que possam ser salvos.

Esse é o resumo da história do livro Poeira Lunar, do escritor britânico Arthur Clarke. Ele relata como Pat Harris, capitão da nave Selene, e os passageiros viveram durante dias embaixo de mar de poeira lunar. Uma das primeiras medidas é administrar o humor das pessoas e evitar que entrassem em desespero. A investigação do desaparecimento da nave também abre uma crise no setor de turismo espacial, já que a região lunar não havia sido mapeada com o devido cuidado para saber onde o afundamento ocorreu.

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Poeira Lunar é um dos clássicos da literatura de ficção científica. A obra não poderia ter sido publicada em um momento mais oportuno, 1961, nove anos antes do homem chegar a Lua. O autor, como conhecedor da ciência, faz um texto para tornar crível ao leitor a história da Selene. Em sua narrativa, ele parece querer demonstrar mais habilidade para falar sobre as tecnologias sem se preocupar muito em fazer um livro que impressione pelo ritmo da história.

Não há reviravoltas no enredo. O livro começa com uma descrição sobre o que possibilitou as viagens na Lua, fala sobre a Selene e a tripulação, descreve o incidente e os esforço para deixar os passageiros calmos. Parte significativa do texto também descreve a busca pela nave. Em uma obra como essa, impulsionados pela lembrança de livros como O Nevoeiro, de Stephen King, em que um grupo fica preso dentro de um supermercado, logo imaginamos que um caos se instala entre as vítimas soterradas, o que não ocorre em Poeira Lunar.

Leitura e avaliação de Poeira Lunar

Este ano, por coincidência ou não, a maior parte dos livros que tenho me dedicado a ler são, até agora, ficção científica. Já conhecia a obra de Arthur Clarke graças a 2001: uma odisséia no espaço. Mas tenho que admitir que não fiquei nenhum pouco impressionado com Poeira Lunar. Pode ser que, na época da publicação, a obra recebeu destaque graças a eclosão da corrida espacial entre americanos e russos, mas, hoje, com um contexto diferente não impressiona tanto.

No Brasil, a publicação do livro é da editora Alpeh. Fiz a leitura no Kindle. Foram quatro dias de um feriado dedicados ao texto.

Nas plataformas de livro, a avaliação de Poeira Lunar é regular. No Skoob, ele tem nota 3,5. Por sua vez, no Good Reads, a média é de 3,8.


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